“ É a condição humana. Desde que fomos expulsos do paraíso, ou sofremos, ou fazemos alguém sofrer, ou observamos o sofrimento dos outros. É incontrolável”
Hoje
Porquê hoje?
Sinto que nao vale a pena continuar, ou será que vale a pena?
Quando se sente que se luta por algo que nao leva a lado nenhum, será q vale a pena continuar?
Quando a cada dia que passa sentimos que em quem acreditamos nos desilude a cada passo, será que vale a pena acreditar?
Desanimo toma posse do nosso ser e transforma-nos, e chamos isso "as lições da vida",
Mesmo assim, mesmo desanimados temos que seguir em frente, busca de algo que mesmo nós nao sabemos muito bem o quê...
Mas temos que seguir... seguir... até ao dia... o dia "D" ou o dia "x" que poderá ser mesmo Hoje
"Qualquer cidadão, com uma boa saúde mental, pode decidir cometer um crime. Ou não cometer crime nenhum. Com uma excepção. Todos somos capazes de matar. voluntária ou involuntariamente, querendo ou cometendo actos que, mesmo não desejando que se cumpra o resultado de matar, acabam por trazer a morte. É duro viver com a morte do outro na memória e na consciência. Mesmo os assassinos mais cruéis, na sua maioria, acabam por confessar esse peso negro que lhes habita a alma.
Alguns, já julgados, com sentenças cumpridas, têm necessidade de falar sobre o que lhes aconteceu. Recebi algumas cartas dessas, anos depois de terminar um processo. A morte mesmo natural, sobretudo quando se trata de alguém que amamos, é sempre uma perda. E mesmo em homicídios ou mortes acidentais essa sensação da expropriação do que mais essencial nos constrói – a vida – transforma-se em dor, luto, mágoa que não é facilmente superável, por mais que se esconda ou se negue. É uma omnipresença constante. Uma ferida perpétua, que ora dói ora se esquece, mas que regressa sempre. Como saudade ou remorso. Quem mata outro, mesmo acidentalmente, vive reprimindo essa necessidade de ser censurado. A nossa cultura, de inspiração judaico - cristã, inoculou o valor da vida como bem supremo. "NÃO MATARÁS" está inscrito nos alicerces da nossa forma de entender a vida, o Mundo, as relações com os outros. A culpa, mesmo clandestinizada, vai prolongando agonias que se projectam nas relações sociais e afectivas.
A emergência da conflitualidade, de formas agressivas expontâneas, de psicopatologias, enfim, a desagregação psicoafectiva acaba por, mais dia, menos dia, mais ano, menos ano, levar culpados ao confronto com o seu mal – estar. Se falarem, nem que seja no confessionário, as penitências eclesiais são almofadas que apazigua o sofrimento.
Não é possível viver com a morte e não a rejeitar. Em dia e hora que desconhecemos, iremos morrer e todos ansiamos o mítico sonho da imortalidade. É uma pulsão que não aceita segredos. Quando acontecem, vão destruindo quem os guarda. Até que já não é possível guardar essa carga de sofrimento."
Francisco Moita Flores – Criminologista in Piquete de 08 de Fevereiro de 2008
Os dias passam
As horas correm
As certezas morrem,
E os olhos choram
Choram por não saber,
Saber se um dia me amaste,
E eu não paro de sofrer
Com a ilusão que criaste
Mataste o artista
Sem sequer dar uma pista
Do que no teu coração morrera
Esse amor que alguma vez batera.
Sei que não errei
E triste então fiquei
Pois no fim disto tudo
Descobri que em ti me enganei
E agora dizem que fui sortudo
Porque contigo acabei.
E eu respondo, não!
Não consigo apagar
Esta incessante paixão
Deixar de te amar
Sentir que acabou,
Não, só sei que o meu coração parou
M.CRUZ
. Foi tudo uma MENTIRA pega...
. PEIXINHA
. para ti.....com carinho.....
. Hoje